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Quando o professor usa da narrativa autobiográfica em Educação para formação humana e profissional ele tem a possibilidade de colocar em evidência todo o percurso de sua identidade que fazem parte da sua vida e, quando ele é o narrador-autor (o criador) de sua própria história,ele torna-se o herói, pois a escrita do memorial populariza a sua autoria onde ele inclui sua vida intelectual na sua vida acadêmica, constituindo-se como uma forma de auto-governo de sua própria existência, pois ele tece os fios que entrelaçam os fatos entre si deixando claro o que e como estes fatos provocaram efeitos que formaram sua vida intelectual e profissional, são importantes instrumentos para o desenvolvimento profissional e pessoal, pois com a narrativa,ele reflete e narra sobre suas próprias experiências de vida, escuta o outro , reconstrói caminhos, observa e analisa as experiências, aprendizagens e conhecimentos que se revelam necessárias para formação e autoformação. Neste sentido, os professores podem se posicionar de forma reflexiva sobre sua prática docente, ressignificar crenças e valores para planejar práticas futuras a fim de acompanhar as transformações tanto educacionais e sociais que passam no mundo. Assim, o uso das narrativas implica uma ruptura histórica, apresentando-se como um divisor de águas , porque o autor situa-se entre um antes e um depois da escrita onde expõe momentos de vida a partir da sua formação na interação social com a família, escola, os professores, os bons autores que leu e o conhecimento científico. No entanto, essa descrição de fatos que expõe publicamente a vida intelectual e a experiência profissional deve ser feita de forma equilibrada com encadeamento de fatos significativos do percurso acadêmico para o ato de criação na busca de conhecimento, reflexão e exposição de si narrados no memorial autobiográfico.
O indivíduo ao escrever sua narrativa autobiográfica sobre sua própria aprendizagem, inserindo sua vida intelectual no conjunto da vida acadêmica ele desenvolve sua memória, tira lições de suas próprias experiências e, tem como meta o poder -o aprender, de se situar do lado do processo e da ação e não do produto , voltando-se para a relação dele com o conhecimento e, se tratando de um memorial, diário de pesquisa, portfólio ou mesmo história de vida profissional, fazem com que ele forme para a capacidade de mudança qualitativa pessoal e profissional conduzida por uma reflexão com sua historia considerada como processo de formação e, ao adotar esta perspectiva,é exigindo dele um posicionamento político, pois é preciso que ele se inscreva num modelo de escrita que opõe-se a posicionamentos teóricos que reconhecem a subjetividade mas, que excluem de suas análises a idéias dele como sujeito consciente capaz de reconhecer as relações de poder e de se apropriar de seu próprio poder de (auto) formação e autorizar-se a se formar.
Assim, quando o indivíduo com a noção de tempo como dimensão que constituiu sua vida e a aprendizagem através da reflexão sobre a experiência que já viveu, permiti-lhe estabelecer mudanças sociais e culturais na sua vida, relacioná-las com a evolução dos contextos de sua vida profissional e social , dividir e compartilhar suas experiências transformando-as em experiências coletivas.
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